Conhecida por suas duras críticas, a revista Pitchfork divulgou nesta quinta-feira (12/07) sua review do mais novo single de Katy Perry, “Woman’s World”, onde considerou a faixa “um desastre monumental”. O lançamento, que gerou grande expectativa entre os fãs da cantora, acabou recebendo uma série de críticas que destacam tanto os pontos fortes quanto as falhas da artista.
Desde o anúncio do single, Perry vinha divulgando em suas redes sociais trechos da música e da produção por trás dela. Contudo, a letra e a produção da canção deixaram muitos críticos e fãs divididos. O ponto mais controverso parece ser a abordagem do tema do empoderamento feminino, que, segundo a Pitchfork, soa superficial e pouco sincera.
De acordo com a revista, a canção, que conta com sintetizadores pulsantes e um refrão potente, foi claramente inspirada em “Stupid Love,” o single de Lady Gaga de 2020. No entanto, enquanto Gaga conseguiu um retorno triunfante ao amplificar os elementos centrais de sua música, Perry parece ter falhado ao tentar politizar sua música sem demonstrar um real interesse ou compreensão do assunto. Isso se reflete em letras como “so intelligent” – “tão inteligente” em português -, que, segundo a review, são cantadas de maneira desajeitada e sarcástica, deixando a impressão de que Katy não leva a sério o que está cantando.
Outro ponto de discórdia é a participação de Dr. Luke na produção da canção. Acusado por Kesha de abuso sexual e emocional em um processo judicial que foi posteriormente arquivado, Dr. Luke continua sendo uma figura polêmica na indústria musical. A escolha de Katy Perry de trabalhar com ele em uma música sobre liberação feminina foi duramente criticada, com a Pitchfork argumentando que isso mina completamente a mensagem da canção.
Em resumo, “Woman’s World” acaba sendo uma tentativa frustrada de criar um hino de empoderamento. A review conclui que, se Perry estava disposta a enfrentar a má publicidade inerente à colaboração com Dr. Luke, o mínimo que se esperava era que a música fosse um grande sucesso. Infelizmente, a canção foi considerada medíocre e, no melhor dos casos, irritante. Como bem colocou a Pitchfork, citando as palavras de Sister Catherine Rose Holzman antes de seu falecimento no tribunal: “Katy Perry, por favor, pare.”