Opinião | Deezer mostra despreparo e decepciona fãs ao colocar hater de Lady Gaga na área VIP de Copacabana

Lady Gaga - Imagem: Todo Mundo no Rio
Lady Gaga - Imagem: Todo Mundo no Rio

O show mais esperado pelos Little Monsters brasileiros está chegando. Pela primeira vez desde 2011, Lady Gaga voltará ao Brasil — e de forma histórica: num evento gratuito na Praia de Copacabana. Só que, pra esse show acontecer, foi preciso o apoio de vários patrocinadores, entre eles a Deezer, que conseguiu a proeza de entregar uma das piores ativações de VIP que já se viu e ainda convidar uma influenciadora conhecida por falar mal da própria artista que será celebrada.

Vamos deixar claro: ninguém aqui está achando estranho ter influenciador em área VIP. Isso é o básico de qualquer evento patrocinado — já era esperado, especialmente depois do show da Madonna no ano passado. O problema é outro: é a escolha específica de alguém que fez questão de deixar claro publicamente que não gosta do “MAYHEM”, o álbum que Gaga vai promover aqui. Isso não é só um vacilo. É desrespeitoso com quem acompanha, defende, apoia e vibra com cada lançamento da artista.

E pra piorar, quando foi confrontada por um fã que lembrou seus comentários negativos sobre o álbum, a influenciadora respondeu que estaria no VIP “porque pode”. Simples assim. E o fã que se incomodou? Vai ganhar uma foto perto do palco e olhe lá. A sensação que fica é: o fã, que dedica tempo, dinheiro e emoção, é ignorado. Já quem fala mal, é premiado com um lugar privilegiado.

Nos bastidores, a frustração é ainda maior. Páginas e perfis que passam madrugadas acordados cobrindo cada passo da Lady Gaga, que derramam suor e amor pra manter a fanbase informada e viva, foram simplesmente ignorados pela Deezer. Não foi por falta de tentativa — os contatos foram feitos. Só que, ao que parece, o critério da vez foi outro. E sinceramente? Premiar quem debocha dos fãs e da artista não é estratégia, é despreparo.

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“Ah, mas ela é só ácida.” Ótimo, seja. Nós também somos. Quem acompanha o “Se Flopar É Indie” sabe que crítica faz parte — e a gente faz mesmo. A diferença é que a gente fala de artistas que conhece, que ouve, que respeita. E, acima de tudo, não menospreza fã que tá ali de coração aberto.

A Deezer, que já deixa a desejar com uma plataforma que nem um DRM decente tem, agora também escorrega feio ao escolher quem a representa num dos momentos mais importantes da música pop recente no Brasil. Uma oportunidade histórica desperdiçada por escolhas que beiram o absurdo.