Após o impacto monumental do primeiro Joker, Todd Phillips retorna ao sombrio universo de Arthur Fleck com Joker: Folie à Deux, desta vez introduzindo a talentosa Lady Gaga como Harley Quinn, aqui apelidada de Lee, ao lado de Joaquin Phoenix no papel-título. A sequência traz um ousado elemento musical e uma exploração profunda da mente caótica de seus personagens, com críticas divididas entre elogios às performances e questionamentos sobre o aproveitamento da trama.
O consenso crítico destaca Lady Gaga como a verdadeira revelação do filme. Suas habilidades como atriz e cantora são amplamente elogiadas, especialmente pela maneira como traz uma nova dimensão à Harley Quinn. O The Guardian enaltece sua “malícia astuta e manipuladora”, sugerindo que ela poderia ser a “Lady Macbeth da supervilania da DC”. O The Independent ressalta sua performance “com uma crueldade felina atraente”, enquanto o SlashFilm a compara com a icônica Audrey de “Little Shop of Horrors”, mostrando seu grande alcance.
Joaquin Phoenix, como esperado, continua a ser o centro do caos, com o The Wrap destacando “Folie à Deux” como o filme mais ousado sobre Arthur Fleck. A química entre Phoenix e Gaga é mencionada repetidamente, com a NME apontando a “química insana” entre os dois. Os números musicais, que trazem uma nova camada à narrativa, foram amplamente elogiados, com WeLive Entertainment chamando-os de “brilhantes, como tributos à Broadway”.
Por outro lado, muitos críticos sugerem que o roteiro de Phillips poderia ter explorado mais profundamente o potencial de Gaga como Harley. A ScreenRant expressa um desejo por mais tempo de tela para a personagem, afirmando que o filme a “esconde de nós para manter o mistério”. O AwardsWatch ecoa essa crítica, lamentando a falta de desenvolvimento do arco de Harley, apesar de elogiar a singularidade da interpretação.
Ainda assim, o filme conseguiu cativar a crítica, com uma média de notas variando entre 70 e 100. O The Hollywood Handle resume bem o sentimento geral: “Lady Gaga irradia uma forte presença, mas acaba ficando de escanteio por um tempo considerável. Faltou mais dela”. E é justamente nesse ponto que o filme divide opiniões. O talento inegável de Gaga brilha, mas muitos concordam que “Joker: Folie à Deux” poderia ter oferecido mais espaço para ela dominar a tela.
No fim das contas, Joker: Folie à Deux entrega uma sequência ousada, que combina o sombrio e o surreal com uma musicalidade inesperada. As performances de Phoenix e Gaga são, sem dúvida, o coração do filme, e podem garantir aos dois lugares nas próximas premiações. Mesmo com algumas falhas no roteiro, o filme encontra uma maneira única de expandir o legado do Coringa, ao mesmo tempo em que deixa a porta entreaberta para o futuro dessa conturbada dupla.