A União Democrata Cristã (CDU) venceu as eleições alemãs realizadas neste domingo (23), consolidando-se como o partido mais votado do país. O pleito também registrou o maior desempenho da extrema-direita desde a Segunda Guerra Mundial, com a Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistando resultados expressivos, especialmente no leste do país.
A CDU, que forma coalizão com a União Social Cristã (CSU), obteve 29% dos votos, segundo projeções de boca de urna. A vitória era amplamente esperada, mas o crescimento acelerado da AfD surpreendeu analistas. O partido de extrema-direita ultrapassou 40% dos votos em algumas regiões do leste da Alemanha, refletindo uma divisão política crescente entre o antigo território da Alemanha Oriental e o restante do país.
O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, teve um dos piores desempenhos da sua história, ficando atrás da AfD e reforçando o cenário de mudança no panorama político alemão. Com isso, a formação do novo governo pode se estender por meses, exigindo negociações para construção de coalizões.
A participação dos eleitores foi a maior desde 1990, demonstrando um engajamento significativo da população. Agora, a expectativa se volta para as negociações políticas e os desafios do próximo governo diante de uma Alemanha cada vez mais polarizada.