Aprender línguas na infância amplia chances de trabalho

Aprender línguas na infância amplia chances de trabalho
Aprender línguas na infância amplia chances de trabalho

Em um mundo cada vez mais globalizado, a proficiência em múltiplos idiomas tornou-se uma habilidade essencial em diversos setores profissionais. De acordo com um relatório da Language Testing International, 56% dos empregadores nos Estados Unidos indicaram que a demanda por profissionais bilíngues aumentará nos próximos cinco anos. Além disso, um em cada quatro empregadores relatou ter perdido oportunidades de negócios devido à falta de funcionários com habilidades em idiomas estrangeiros.

O domínio de uma segunda língua está associado ao acesso a cargos de liderança, especialmente em setores como comércio exterior, diplomacia, marketing internacional e tecnologia. O relatório “Languages for the Future”, publicado pelo British Council, destaca que quanto mais cedo uma criança tiver contato com outro idioma, maiores são as chances de fluência e retenção a longo prazo.

Para Juliana Teodoro dos Santos, pedagoga e bacharel em Tradução e Interpretação de Inglês, o ensino de idiomas desde a infância é uma forma concreta de preparar as crianças para esse futuro mais competitivo e multicultural. “A infância é o período ideal para a aquisição de novos idiomas, pois as crianças possuem maior plasticidade cerebral, o que facilita a assimilação de diferentes estruturas linguísticas e culturais”, afirma.

Juliana, que atua com educação regular e tem ampla experiência com alunos de diversas faixas etárias, ressalta que o aprendizado de uma segunda língua não deve ser encarado como pressão, mas como uma jornada prazerosa de descoberta. “Quando o ensino é lúdico e conectado com o universo da criança, ela aprende naturalmente. Eu trabalho para que o aprendizado de inglês, por exemplo, faça sentido dentro das experiências dela: em histórias, brincadeiras, músicas e projetos”.

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Ela utiliza metodologias como o ensino comunicativo, projetos interativos e técnicas de imersão lúdica. “Gosto de aplicar a aprendizagem baseada em tarefas porque ela aproxima a linguagem da vida real. Isso fortalece o vínculo do aluno com o idioma e amplia sua autoconfiança”.

Juliana também destaca o impacto emocional do bilinguismo precoce: “A criança que aprende outro idioma desde cedo se torna mais aberta ao diferente. Ela aprende que o mundo é grande, plural, e isso reflete na forma como ela se relaciona com as pessoas e com os desafios”.

Para finalizar, Juliana reforça: “É uma construção. A criança não vai sair fluente em um ou dois anos, mas ela estará ganhando estruturas sólidas, sensibilidade auditiva, vocabulário e, acima de tudo, naturalidade com a língua — e isso não tem preço. É um presente para o futuro dela”.