Estudo aponta dados sobre incontinência urinária

Estudo aponta dados sobre incontinência urinária
Estudo aponta dados sobre incontinência urinária

Um estudo observacional do tipo transversal chamado Prevalência de Mulheres com Incontinência Urinária e seu Impacto na Qualidade de Vida, publicado na Revista Baiana de Saúde Pública, realizado entre setembro e novembro de 2022, investigou a saúde de mulheres atendidas em uma clínica-escola de fisioterapia vinculada a uma universidade em Franca, São Paulo. Segundo os dados apresentados na Revista Baiana de Saúde Pública (v. 48, n. 1, jan./mar. 2024), a pesquisa envolveu 35 mulheres com idades entre 20 e 59 anos, selecionadas por conveniência. Elas foram atendidas em setores como traumatologia, ortopedia, dermatofuncional, saúde da mulher, cardiovascular e pneumofuncional, refletindo uma ampla gama de condições clínicas.

Conforme informado na publicação, a coleta de dados foi conduzida por um aluno treinado, que aplicou entrevistas em uma sala reservada da clínica-escola. Para avaliar as condições de saúde e o perfil da amostra, foi utilizada uma ficha geral com informações sobre idade, setor de atendimento, profissão, prática de exercícios de impacto, número de gestações, paridade, tipos de parto, menopausa e índice de massa corporal (IMC). Além disso, o estudo informou que o questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF) foi empregado para analisar a incontinência urinária (IU), com os dados armazenados em planilhas Excel.

O estudo apontou que 62,86% das mulheres avaliadas sofrem de incontinência urinária (IU). O relatório mostrou que, das 22 mulheres diagnosticadas com IU, 14 (63,64%) apresentaram o tipo de esforço, caracterizado por perdas urinárias durante atividades físicas ou tosse, enquanto oito (36,36%) tinham IU mista, combinando esforço e urgência. O estudo destacou que nenhuma participante relatou IU exclusivamente de urgência. Quanto à gravidade, 14 (63,64%) perderam pequenas quantidades de urina, sete (31,82%) quantidades moderadas e 1 (4,55%) grandes quantidades, evidenciando variações na experiência da condição.

O relatório aponta dados detalhados sobre o perfil das participantes. A idade média foi de 44,9 anos, com desvio padrão de 13,05, e o IMC médio foi de 31,4 kg/m², indicando predominância de sobrepeso e obesidade (82,86%). Do total, 37,14% tiveram três ou mais gestações, e 51,66% dos partos foram vaginais, enquanto 48,33% foram cesarianas. A pesquisa também revelou que 45,71% das mulheres estavam na pós-menopausa e que o setor de saúde da mulher foi o mais frequentado, com 16 participantes.

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Lillian de Oliveira, CEO da Loja Virtual de Short Impermeável Geriátrico Malana Eco, afirmou que, como especialista em soluções práticas para quem convive com a IU, acredita que o futuro do cuidado vai além dos tratamentos tradicionais. Lillian continuou dizendo que os envolvidos no assunto precisam pensar em tecnologias que promovam bem-estar, discrição e autonomia e que é nesse contexto que itens que ajudam no dia a dia das pessoas com essa dificuldade ganham relevância. “O avanço na pesquisa e no desenvolvimento de vestuário funcional para a incontinência é uma resposta concreta à necessidade de qualidade de vida, além de ações relacionadas com saúde pública”.

O estudo ainda citou que a análise estatística foi realizada com o software JAMOVI 2.3, utilizando o teste qui-quadrado para verificar associações entre variáveis qualitativas, com nível de significância de p < 0,05. Segundo os dados apresentados, os resultados foram expressos em proporções absolutas e relativas, oferecendo um panorama claro das características sociodemográficas e clínicas da amostra. A pesquisa destaca a diversidade das condições atendidas na clínica-escola, o que reflete os desafios de saúde enfrentados por mulheres nessa faixa etária.

Perguntada sobre o estudo, Lillian disse que o futuro aponta para a integração de soluções clínicas com acessórios e roupas pensadas para o cotidiano, normalizando o uso desses produtos como parte do autocuidado. “É fundamental ampliar o acesso à informação. Quando as mulheres compreendem que a IU tem tratamento e que há alternativas discretas e eficazes para lidar com os sintomas, o impacto na autoestima e na participação social é imediato”.

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