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Número de mulheres que não investem ainda é alto no Brasil

Número de mulheres que não investem ainda é alto no Brasil
Número de mulheres que não investem ainda é alto no Brasil

O número de mulheres que não investem no país e no mundo é relevante. Hoje, cerca de 63% da população brasileira está nesse grupo, sendo 53% desses brasileiros mulheres. Os dados são da 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada este ano pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), e mostra a falta de incentivo para que as mulheres entrem no universo das finanças e possam gerir o próprio patrimônio. Ainda de acordo com estudo, 51% das mulheres entrevistadas não têm conhecimento de como lidar com dinheiro, o que dificulta ainda mais o início dos investimentos.

“Historicamente, as mulheres são afastadas da gestão do dinheiro da família e do mercado financeiro, pouco voltado ou não receptivo a elas. Precisamos ampliar esse alcance e trazer as mulheres para conversar sobre investimentos com os interlocutores do mercado, que também estão iniciando seu trabalho de reconhecimento da mulher como investidora e grande cliente em potencial. Além de capacidade para gerir seu próprio patrimônio, a independência financeira e autonomia são essenciais para qualidade de vida e estabilidade financeira da mulher”, explica Maria Helena Válio, fundadora da Women Invest.

O Women Invest Summit, congresso de investimentos anual voltado para o público feminino no Brasil, realiza a terceira edição no dia 26 de setembro, no Hotel Unique. O Encontro espera reunir mais de mil investidoras que não são profissionais do mercado financeiro, incluindo executivas, empresárias, profissionais liberais e herdeiras; proporcionando uma plataforma de aprendizado e networking com grandes nomes do mercado de investimentos, marketing, influência e negócios. Entre os palestrantes confirmados estão Mansueto Almeida – Economista-chefe do BTG Pacual e ex-secretário da Fazenda; Gina Bacceli, economista-chefe Itaú Private Bank, Ana Claudia Leoni, da Planejar; Carolina Dostal, do LinkedIn; Beatriz Bottesi, da Meta; Vivian Lee e Mario Torós, da Ibiuna; Mari Emmanouilides, da Galapagos; Vanessa Faleiros, da Rio Bravo; e Luiza Trajano, do Grupo Mulheres do Brasil e Magazine Luiza.

O congresso terá 12 horas de duração e condensará mais de 50 horas de conteúdo simultâneo. Com foco em gestão de patrimônio e educação financeira, as palestras terão temas como o perfil da mulher investidora, o mundo moderno dos investimentos, cenário macroeconômico e investimentos internacionais. Além das palestras, serão ministrados workshops sobre assuntos financeiros ou do universo feminino, como saúde, beleza, moda e contemporaneidades. Pela primeira vez, o evento será transmitido ao vivo pelos canais da plataforma Women Invest.

“Em 2019, identifiquei o início de uma demanda das mulheres (principalmente as mais maduras, como eu) por aprender a como cuidar corretamente dos seus recursos. Como sempre trabalhei no mercado financeiro, dentro e fora do Brasil, consegui criar uma ponte entre estes dois universos. Já moderava os eventos que organizávamos e fui aos poucos me tornando uma referência para estas mulheres. Automaticamente comecei a atuar como uma facilitadora, e assim surgiu a Women Invest no modelo que está hoje”, conta Maria Helena.

O congresso ainda irá revelar as vencedoras da primeira edição do Prêmio Women Invest Awards, nas categorias Inteligência de Mercado, Conselho, Sucessão, Empreendedorismo e ESG, este ano em parceria com a Money Report. Dentre os patrocinadores e apoiadores, estão BTG Pactual, Ibiuna Investimentos, Íon Itaú e Itaú Personnalité, Nomad, Ágora Investimentos, Warren, Deal Comunicações, Galápagos Capital, Rio Bravo, Z-Invest, Est Gestão de Patrimônio, O3 Capital, RB Asset, SOMMA e SulAmérica Investimentos, entre outros.

“Se durante nossas palestras ao longo do ano levamos as mulheres até o mercado financeiro, no nosso congresso fazemos o contrário: trazemos o mercado financeiro até nossas mulheres, num ambiente amigável e acolhedor para elas”, finaliza.